quinta-feira, 3 de maio de 2012

Vinte e quatro motivos para ir a uma balada gay (por uma hetero)
Primeiríssimo lugar: são as melhores pra dançar. Tanto pela música quanto pela animação da pista. -Você nunca vai precisar pagar o mico de inaugurar a pista. Festas gays já estão sempre bombando ainda que você chegue cedo. Eles começaram a festejar há mil anos e nunca mais pararam e nem vão. -Festas gays também nunca acabam, apesar de acabarem sempre em algum lugar ainda mais maluco. -Só os gays entendem que dançar como uma devassa louca é super divertido e não quer dizer que você está a fim de sexo (muito menos de ser tratada como uma devassa louca). -Por mais ridículo, insano ou indecente que seja qualquer ato que você cometer, terá sempre alguém fazendo algo pior. -Se você estiver linda vai causar inveja No fundo, é o que toda mulher prefere. -Você não precisa ficar na dúvida se o cara é gay. Ele é. -Se um cara falar que é macho, acredite. Precisa ser macho para ir a uma balada gay. -Homem idiota briga pra mostrar que é homem (e idiota). Como ali ninguém quer mostrar nada e só se divertir, dificilmente sai porrada. (No máximo uns tapinhas na cara interrompidos quando toca Madonna ou Justin). -Caminhar um metro sem ter cabelos puxados, ombros cutucados e cintura beliscada é o sonho de qualquer mulher bacana (se você fica contente quando mexem com você na obra você não é bacana e, pior, precisa urgente de um nutricionista). -As “acéfalas-nasaladas-alisadas-caçadoras-de-namoradinhos-ricos-que-fazem-o-símbolo-de-paz-e-amor-de-ladinho-para-fotos-de-blogs-de-balada-playba” só vão nesses lugares quando estão super deprimidas e costumam vomitar em suas botas de camurça e franginha (e sola vermelha) inviabilizando as mesmas (e você, uma mulher bacana, injustamente mal tratada no colégio por não ser exatamente linda, pode se vingar delas). -Às vezes, por alguma razão obscura da psique feminina, a sensação de dançar “encoxada” por doze amigos sarados, bem vestidos, cheirosos e felizes, melhora muito a auto-estima, ainda que na cama você termine sempre cercada unicamente por farelos do pacote de Amanditas. -Estar num ambiente cheio de homens lindos que não te desejam e A CULPA NÃO SER SUA é libertador. -Ao invés de sair da balada certa (mais uma vez) de que o pai dos seus filhos definitivamente não está numa balada, você já chega na balada com essa certeza. Poupa um tempo precioso. -É badala pra exorcizar ao invés de ficar pagando de gata. E pagar de gata (empina bunda, chupa a barriga, arrebita os peitos, equilibra no salto, faz cara de mistério...) dá gases. -Quando você não quer agradar os homens, acaba agradando. Os poucos e valentes (e descolados!) machos da casa certamente vão reparar positivamente em você. -Toca Friendly Fires, Beck, Amy Winehouse, Basement Jaxx, Daft Punk, Hot Chip, Justice, LCD SoundSystem e o melhor do rock indie do momento numa versão “remix feliz, não se mate ainda”. -Seu ex namorado não vai estar lá, o que significa que você não vai voltar pra casa querendo morrer (ou com ele, o que é pior). E se ele estiver lá, baby, tá tudo explicado. -Se todo mundo dançar “moooito” e começar a suar, bicha não fede. No máximo “cheira” almiscarado. -As poposudinhas de calças apertadas estão seguras: ninguém vai passar a mão na bunda delas. (ou vão mas é pra descobrir se a etiqueta da Diesel é falsa, ou seja, é pro bem). -Não tem essa coisa machista tosca de “mulher até meia noite paga menos”. Você está lá como um deles, ou vice-versa (fiquei confusa agora). -Gastar uma fortuna em roupas, sapatos, brincos, maquiagem e cabeleireiro finalmente poderá ser valorizado. (já a calcinha você pode botar aquela de algodão com o elástico esgarçado mesmo, bem mais confortável pra se acabar de dançar). -Se um cara pedir seu telefone, ele com certeza vai ligar no dia seguinte. Gay adora manter contato (ainda mais se o seu primo tiver ido junto com você). -Se você encalhar na balada, tudo bem: todas as mulheres a sua volta encalharam também!
Tati Bernardi

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